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sábado, 25 de setembro de 2010

As Lesmas - Gabriel 3ºA

AS LESMAS




As lesmas são moluscos gastrópodes, isto é, que andam sobre o abdômen, da sub-ordem Stylommatophora, que possuem respiração cutânea. Distinguem-se dos restantes gastrópodes, em particular dos caracóis, pela inexistência de concha externa proeminente.

O corpo das lesmas é constituído por manto, pé e cabeça com um par de tentáculos ópticos e um par de tentáculos sensoriais, ambos retrácteis. São bastante sensíveis à desidratação e algumas também são sensíveis à luz.

As lesmas são seres hermafroditas. Caracterizam-se pelo fato de que, durante o seu desenvolvimento, a massa visceral sofre uma torção de 180 graus (característica dos moluscos gastrópodes), enrolando-se sobre si mesma. Assim, adotam a forma espiral tão característica da concha dos caracóis.

As lesmas são um problema sério em várias culturas, hortas, pomares e jardins. Alimentam-se de uma grande variedade de plantas, devorando tanto as raízes quanto a parte aérea, sempre no período da noite. Sabe-se que o local está infestado por lesmas pela observação dos rastros de muco que ficam no chão cimentado e muros.
 
   

Showwww!!!!

A Bruna do 2ºA havia perguntado porque as lesmas morrem quando jogamos sal nelas. Tá aqui a resposta:
As lesmas possuem uma pele muito fina. Vivem em lugares úmidos e sombrios e, assim, não ocorrem grandes taxas de transpiração através da pele, fato que poderia provocar a desidratação desses animais.
Quando jogamos sal na lesma, ela perde água e se desidrata. Mas, nesse caso, por que ocorre a desidratação? É que o sal se dissolve na superfície da pele úmida do animal, formando uma solução salina, em que a água é o solvente e o sal é o soluto. Essa solução salina é muito mais concentrada em solutos (sais) do que a solução dos fluidos do corpo do animal. Assim, ocorre um fenômeno chamado de osmose, em que a água se desloca espontaneamente de uma solução mais concentrada em soluto para outra menos concentrada, até que essas soluções tenham a mesma concentração. Por isso, a lesma perde muita água e morre desidratada.
Vale lembrar que não se deve fazer isso, porque o animal sofre e isso não é justo. Mesmo um animal pequeno é importante para o equilíbrio do ecossistema. Lembrem-se disto ok? Profª Cynthia Stelita.

4 comentários:

  1. É show mesmo, mas também sao muitos logentas

    alguem sabe porque quando jogamos sal sobre as lesmas elas morrem?

    ***bruna 2A n06***

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  2. Danilo 3°A Um pouco mais sobre as lesmas,além de causar danos às plantas, as lesmas, em altos níveis populacionais, podem transmitir doenças. O nematóide (verme) Angiostrongylus costaricensis (ver abaixo) pode ser transmitido ao ser humano, principalmente em crianças através do muco produzido pela lesma, doença denominada angiostrongilose abdominal.
    Muitos casos dessa doença têm sido diagnosticados no sul do Brasil, tornando-se um problema de saúde pública. Para evitar a transmissão do verme, não se devem tocar as lesmas ou entrar em contato com a secreção do muco.

    ANGIOSTRONGYLUS / ANGIOSTRONGILÍASE
    Descrição da doença – é um parasita de ratos. Ratos infectados eliminam formas imaturas do verme em suas fezes. Lesmas e caramujos infectam-se por ingestão de fezes de ratos contaminados. Formas jovens do parasita maturam-se nos caramujos e lesmas, mas não se tornam vermes adultos. O ciclo de vida do parasita completa-se quando ratos infectados comem lesmas e caramujos infectados, e assim, os vermes imaturos tornam-se então adultos. São dois tipos de parasitas, A. cantonensis que atinge o SNC podendo causar envolvimento de meninge e meningite eosinofílica e o A. costaricensis, causando doença abdominal.
    A forma neurológica é mais comumente caracterizada por forte dor de cabeça, rigidez de nuca e parestesias. Paralisia facial transitória ocorre em 5% dos pacientes. Febre baixa pode estar presente. Os vermes são identificados no líquor e nos olhos. O líquor em geral, apresenta pleocitose com > 20% de eosinófilos. Eosinofilia no sangue nem sempre está presente, porém, quando positiva, pode atingir 80%. A doença pode durar de alguns dias a vários meses. Mortes raramente são registradas.
    A forma abdominal simula apendicite, ocorrendo predominantemente em crianças. Dor abdominal e dor branda na fossa ilíaca direita, febre, anorexia, rigidez abdominal, presença de massa semelhante a tumor no quadrante direito inferior e dor ao exame retal são características da doença. Leucócitos variam de 20.000 a 30.000, com eosinófilos entre 11 a 61%. Na cirurgia, observam-se granulações amarelas na parede subserosa intestinal, bem como ovos e larvas nos linfonodos, parede intestinal e omento. Vermes adultos migram para as arteríolas em geral, na área ileocecal.
    Modo de transmissão - ingestão de lesmas/caramujos crus ou mal cozidos infectados ou verduras e outros produtos alimentares contaminados com lesmas/caramujos infectados.
    Medidas preventivas – educação geral para consumo de alimentos aquáticos e lesmas devidamente cozidos. O aquecimento por 3 a 5 minutos ou o congelamento a 15ºC por 24 horas matam a larva. Higienização e desinfecção não se mostraram efetivas. Vegetais com presença de lesmas devem ser desprezados. Lesmas e caramujos podem estar infectados, inclusive o caramujo africano trazido para criação em cativeiro para produção de escargot (produção sem sucesso comercial) que se disseminou como praga por vários locais do Estado de São Paulo e Brasil. O controle de ratos é essencial para impedir a disseminação da doença.

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  3. Qual a diferença entre lesma, caramujo e caracol?

    Os três são moluscos, da classe dos gastrópodes. A principal diferença entre a lesma e os outros dois é que ela não tem uma concha externa – ou tem uma concha muito pequena. Já caracol e caramujo são sinônimos em várias regiões do Brasil, mas, na linguagem popular, caracol geralmente se refere aos gastrópodes terrestres, e caramujo, aos aquáticos. Já as lesmas podem viver tanto na terra como no mar. Juntos, esses três bichinhos somam cerca de 75 mil espécies. Além de numerosos, eles são antigos moradores da Terra: existem registros fósseis de gastrópodes de cerca de 500 milhões de anos atrás. Há entre 30 e 40 famílias de lesmas, contra 400 de caramujos e caracóis, de acordo com o biólogo Luiz Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, autor do livro Land and Freshwater Molluscs of Brazil (“Moluscos Terrestres e de Água Doce do Brasil”). Você pode não gostar da gosma que eles deixam, mas sem eles, podem ocorrer desequilíbrios ambientais.

    Felipe 3°B

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  4. Concluindo ...

    É verdade que o sal pode “derreter” uma lesma?

    SIM, é verdade! Parece coisa de desenho animado, mas o cloreto de sódio (sal de cozinha) tem uma propriedade chamada higroscópica. Mas o que é isso? Higroscopia é a propriedade de absorver água, ou seja, o sal pode “atrair” água.

    Só para esclarecer, o que chamamos de lesmas, na verdade são moluscos terrestres, os gastrópodes, e eles podem ter aquela conchinha torcida bem visível (caracol), ou pode tê-la tão pequena que só percebemos o corpinho molinho e mucoso (meio nojento). As lesmas não têm o corpo protegido por pele estratificada como a nossa, elas possuem apenas com uma fina camada unicelular, que absorve rapidamente o sal, desidratando-se e dando a impressão de estar “derretendo”.

    Quando colocamos sal na boca, acontece tudo diferente, o sal rapidamente derrete e nossas células o absorvem. A diferença é que a quantidade de sal que largamos no corpo da lesma é muito maior do que a encontrada no seu organismo, causando o seu “derretimento” através da osmose. Ou seja, toda a água que existe no organismo da lesma é “puxado” pelo sal, através da higroscopia, causando a sua morte.

    Adriano 3°A n°:01

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