ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Organismo geneticamente modificado (OGM), segundo o art. 3º, inciso V, da Lei Federal brasileira nº 11.105, de 24 de março de 2005, é o organismo cujo material genético (DNA/RNA) foi modificado por qualquer técnica de engenharia genética, excluídos desta classificação os organismos resultantes de técnicas que impliquem na introdução direta, num organismo, de material hereditário, desde que não envolva a utilização de moléculas de DNA/RNA recombinante ou OGM, tais como: fecundação in vitro, conjugação, transdução, transformação, indução poliplóide e qualquer outro processo natural.
Muito se fala em clonagem, mutação genética, alimentos transgênicos. Esses termos são comuns de se ouvir, mas pouco se sabe realmente a respeito. A utilização da genética para produzir alimentos modificados é um dos assuntos mais polêmicos na área da Nutrição. O que são esses alimentos transgênicos? Transgênicos são alimentos que tiveram seus genes modificados ou receberam um ou mais genes de outro organismo. Outra dúvida: para que servem esses "monstrinhos modificados"? Com a superpopulação mundial e o aparecimento de novas indústrias num ritmo tão acelerado, corremos o risco de uma escassez de alimentos em nível mundial. Com o processo de modificação genética dos alimentos, criou-se um espécime mais resistente contra pragas, insetos e fungos, que precisa de menores quantidades de inseticidas e agrotóxicos, adapta-se melhor a determinadas condições ambientais e pode ter seu sabor e até seu valor nutricional modificados. Na Europa, as pessoas consomem vários alimentos geneticamente modificados que são comercializados pelos supermercados. No Brasil, a discussão a respeito dos transgênicos surgiu em torno da soja que em setembro de 1998 foi introduzida ilegalmente no país por agricultores que a trouxeram da Argentina. Mas aqui a sua produção foi menor que a da soja comum. A empresa multinacional que detém as tecnologias de alteração genética defendeu suas sementes explicando que isso ocorreu porque a soja contrabandeada era de uma variedade imprópria para o solo e clima brasileiros. Nos Estados Unidos e na Argentina, quase metade da produção de soja é transgênica. Nesses países, empresas de biotecnologia afirmam que já realizaram testes suficientes para comprovar que o cultivo e o consumo de soja transgênica são seguros. Outros alimentos que entraram para o rol da fama foram o arroz e o milho. Estes ainda estão na fila para ser registrados. O grande problema dos alimentos transgênicos é a falta de informações e embasamento científico para avaliar o risco para a saúde do consumidor e qual seria o real impacto ambiental na produção em larga escala desses produtos. Apesar de essas empresas afirmarem que os transgênicos são seguros, outros estudos preliminares registraram o aparecimento de alergias provocadas pelo consumo desses alimentos, assim como o aumento da resistência a determinados antibióticos e o aparecimento de novos vírus mutantes. Vários órgãos de defesa do meio ambiente e do consumidor estão fazendo movimentos para exigir que leis sejam criadas para proteger o consumidor de possíveis danos. Algumas dessas exigências são: que os rótulos dos produtos apresentem a origem de seus ingredientes, suas transformações e seus riscos; estudos mais aprofundados por parte do governo para a verificação dos reais danos que possam vir a causar tanto para o nosso organismo como para a natureza.Para mais informações a respeito desses movimentos e dos produtos comercializados que utilizam transgênicos em sua fórmula, consulte o site do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor — IDEC: www.idec.org.br. Veja na tabela abaixo alguns benefícios e riscos da manipulação genética dos alimentos pelo homem:
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